Alerta gatilho!
Fui mãe aos 19 anos, e quando meu filho nasceu, hoje com 33 anos, comecei a sentir fortes dores nas mãos que não me deixavam dormir, principalmente de madrugada. Foram mais de 30 anos sofrendo com isso. Naquela época me disseram que eu havia feito alguma extravagância no meu resguardo (puerpério), mas não me lembrava de ter feito nada que pudesse causar as dores..

Fiz vários exames (raio x) e nada, tomei vários remédios, inclusive caseiros, que ajudaram a aliviar um pouco, mas nada fazia a dor ir embora de vez.

Bom, quando eu conheci a TRG e comecei o meu reprocessamento, me deparei com a seguinte cena: Na época, casada, com um filho recém-nascido no colo e mãe de primeira viagem, não consegui fazer um café como me foi solicitado. A água ferveu e meu ex marido se estressou com a demora do café e me deu um tapa no rosto. Fiquei sem reação.

A partir de então, todas as vezes que eu precisava utilizar o fogão (abrir o forno ou lidar com água quente) era certeza que a noite eu não iria conseguir dormir sentindo muitas dores. Nunca entendi isso, até chegar nessa fase do reprocessamento e trabalhar essa questão, onde me sentia frustrada e com muita raiva por não ter reagido àquela agressão.

Com a ajuda do terapeuta compreendi que, naquele momento, dei o melhor de mim para me proteger e, sobretudo, proteger o meu filho, pequeno e tão indefeso. Após a alta da terapia percebi que já não sentia mais aquelas dores… então a ficha caiu!

O meu inconsciente registrou que eu não era capaz de fazer um café com as minhas próprias mãos, me senti a pior mulher do mundo. Hoje entendo perfeitamente o porquê que as minhas mãos só doíam quando eu mexia com algo quente, pois o trauma foi registrado no meu inconsciente. Entender tudo isso fez muito sentido pra mim. Hoje não sinto mais nenhum desconforto ao lembrar disso, e já não sofro com essas dores dão fortes e incapacitantes.